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Segundo empresários, segmento segue estimulado pela sensação de insegurança, além da oferta de parcelamento de pagamento; executivos, políticos e artistas estão entre principais clientes

São Paulo – A sensação de insegurança da população e a oferta de crédito têm sustentado o bom desempenho do segmento de blindagem automotiva. Algumas dessas empresas, em sete meses, já superam os resultados de 2014 e esperam crescimento de vendas de até 30% neste ano.

As estimativas contrariam tanto o cenário econômico brasileiro – que passa por período de desaceleração -, quanto os números do setor em que está inserido, o automotivo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ramo de fabricação de veículos automotores reboques e carrocerias acumula queda na produção de 20,7% no primeiro semestre, em relação a igual período de 2014. Para o centro de pesquisas, os serviços de blindagem de veículos automotores estão inseridos na indústria de transformação.

“O objetivo da blindagem não é a proteção ao veículo, e sim à pessoa”, destaca o consultor em segurança pessoal Roberto Zapotoczny. Ele explica que o público que demanda esse tipo de serviço, formado na maioria por empresários, políticos e artistas, não está preocupado especificamente com o roubo do carro. Grande número de crimes é o que desperta medo, diz o especialista.

De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), os últimos trimestres tiveram quedas consecutivas no número de roubos de veículos. Porém, como exemplo de estímulo à sensação de insegurança da população, apenas entre abril e junho, a pasta registrou 705 mil boletins de ocorrência. Foram instaurados mais de 102 mil inquéritos.

Crédito

Entre os mecanismos que o segmento de blindagem automotiva encontrou para garantir suas vendas está a oferta de crédito. Parcelamentos e parcerias com bancos para que seus clientes utilizem empréstimos pessoais para pagarem pelo serviço estão na lista de opções. Isso, levando em consideração que aplicar este tipo de proteção contra projéteis demanda um desembolso médio de R$ 50 mil.

É o caso da Steel Blindagens, que parcela seus serviços em até 20 vezes e direciona o atendimento apenas para clientes corporativos. O diretor comercial da empresa, Antônio Donato, explica que o crédito é uma das atratividades que sustentam os bons resultados e a estimativa positiva. “Nossa previsão para este ano é alcançar 450 blindagens [expansão de 30% sobre 2014]. E pelo que estou vendo, vamos chegar a esse número sem dificuldades”, afirma.

O cenário econômico em desaceleração também não bateu na porta da Concept Blindagens. “Este ano está constante. Eu vejo que na prática não está havendo crise para a gente”, diz o proprietário, Rogério Garrubbo. Ele conta que iniciou o ano com projeção de expansão de 10% nas vendas e, até agora, não mudou de opinião. A meta é blindar 800 automóveis em 2015. A Concept divide o pagamento dos seus serviços em até quatro vezes.

Em oito meses, a Q7 Blindagens realizou praticamente o mesmo número de vendas do ano passado, quando blindou 250 veículos. “Se continuarmos nesse ritmo, este ano vamos realizar mais de 300 blindagens”, afirma o proprietário da empresa, Carlos Eduardo. A companhia parcela suas vendas em até cinco vezes.

Mesmo em meio à crise no País, o gerente comercial do Grupo Avallon, Marcelo Ramos, é otimista e projeta alta de 5% nas vendas. Em 2014, a empresa atingiu, aproximadamente, 1.200 blindagens.

Perfil

De acordo com dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), entidade que representa 29 companhias do segmento, o perfil do cliente é composto majoritariamente por homens.

Do total, 45% deles têm idade entre 30 a 49 anos. Os empresários e executivos são os que mais procuram esse tipo de serviço, representando 65% da demanda. Em seguida figuram os políticos, com fatia de 15%, músicos e artistas, donos de 12% de participação, e juízes, responsáveis por 8%.

O Estado de São Paulo teve o maior percentual de blindagens do País em 2014, 70,6%, seguido por Rio de Janeiro (13,5%) e Minas Gerais (4,6%).

A blindagem automotiva é dividida em cinco modalidades conforme o grau de proteção, sendo as duas últimas de uso militar. As três primeiras categorias protegem os passageiros dos veículos de projéteis de armas comuns, como revólveres. As demais, utilizadas até em tanques de guerra, servem como escudo para disparos de grande calibre e alto poder destrutivo.

Por Raphael Ferreira Jornal DCI

 

 

 

 

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